Esta semana fizemos um direto e falámos um pouco sobre vulnerabilidade. É um tema que quando se fala normalmente surge acompanhado de um sinónimo que erradamente lhe damos: fraqueza.
Na verdade sentirmos vulnerabilidade não tem de ser bom ou mau, é apenas sinónimo que somos seres humanos e que estamos a sentir.
Contudo, de alguma forma a sociedade vai-nos impondo que coloquemos máscaras, e que jamais admitamos que nos estamos a sentir vulneráveis. E isso sim é errado. Porque ignorar ou mentir sobre os nossos sentimentos é afastar-nos cada vez mais de quem somos, é fugir ao nosso crescimento enquanto pessoas, é buscarmos uma perfeição que não existe.
Sou pessoa que tem a mania que consegue fazer tudo sozinha, (como acredito eu, a maioria das mulheres, que acham que têm de ser super mulheres e controlar e aguentar tudo), mas isso não é verdade. Preciso de ajuda, mas pedir isso fazia sentir-me vulnerável e que não era suficientemente capaz. Então acabava por ter comportamentos completamente incongruentes com quem quero ser. Quando finalmente tive coragem para admitir que precisava de ajuda, senti-me exposta, mas a resposta que tive do outro lado foi muito melhor que alguma vez tinha pensado. Abri a porta para uma relação com mais confiança, fortalecemos laços e adivinhem, fiquei a sentir-me muito melhor.
Mas a melhor pessoa que conheço a falar sobre este tema é a Brené Brown, uma investigadora que estuda esta área:
E nesta talk podem ver como ela explica bem o tema vulnerabilidade e o que origina quando olhamos para ela e admitimos que está ali, para nos trazer uma vida mais alegre e plena, que apesar das sensações de medo e de estar a “nu” que nos causa, traz-nos força, coragem e reforça a confiança nas nossas relações connosco próprios e com os outros. Para no final conseguirmos dizer: “sou suficiente” e vivermos com menos guerras connosco e com os que nos rodeiam.