Será que nascemos todos com uma bitola de autoconfiança? Ou será que se pode ganhar ou perder confiança ao longo da nossa vida?
A autoconfiança constrói-se, como se constrói uma casa de lego, uma ponte, uma mesa, uma obra de arte. Podemos nascer com mais ou menos autoconfiança, podemos ter uma infância ou adolescência que potencie sermos adultos com mais ou menos confiança, mas uma coisa é certa, podemos a cada dia fazer por ganhar mais ou em contrapartida destruir o que já foi criado. São as nossas atitudes todos os dias que reforçam ou minam a nossa confiança, é o que nos acontece e a forma como reagimos que faz com que os pilares da confiança fiquem mais fortes ou mais fracos.
Portanto se a autoconfiança se ganha? Claro que ganha. Se é fácil? Depende. Depende dos dias, das vivências, daquilo em que acreditamos.
Cresci com uns alicerces meio bambos no que toca a isto da autoconfiança. Durante muitos anos, acreditei que não era suficientemente boa, tinha uma espécie de síndrome de inferioridade baseado em vivências que as interpretava à luz de filtros que me toldavam o pensamento e a pouco e pouco me colocavam cada vez mais pequenina perante os outros.
Felizmente tenho pessoas muito boas à minha volta, amigos maravilhosos que me foram dando abanões e aos poucos fui procurando contrariar isso. Através de pequenas coisas, o coaching e a psicoterapia foram algumas delas.
Aos poucos fui contrariando esse síndrome, fui moldando o pensamento, fui valorizando o que fazia e fazendo cada vez mais, colocando mais pedras e mais cimento nos meus alicerces.
Se hoje sou uma pessoa mais autoconfiante? Sou. Se tenho momentos em que a voz do “não és suficientemente boa” surge? Tenho. Mas agora sou eu quem controla essa voz (a maior parte das vezes) e a interpreta de outra forma. Agradeço-lhe o nível de “exigência”, a insatisfação, porque me faz querer ser mais e melhor, por mim e para mim e não por comparação a alguém, porque cada um tem um papel neste mundo, único e especial, o que faz que com sejamos diferentes e incomparáveis.
Adorava ouvir de ti!
Como constróis a tua confiança? O que fazes quando “a voz” te atazana o juízo?